domingo, 16 de setembro de 2012

UM VERSO

Mais uma vez volto, depois de algum tempo, a publicar mais um texto.
Um forte abraço a todos!

      Um verso

Um verso é uma linha,
É uma frase, um pensamento.
É uma Angústia, uma alegria,
Felicidade, um sofrimento.

É a sombra do que se pensou.
Do todo, é um momento.
É tudo num quase nada.
Da emoção, o instrumento.

O verso... uma explosão!
A erupção de um sentimento!
Uma faísca em combustão.
Ele é um choro ou um tormento.

É o começo e é o fim
E ao fenecer é o nascimento
De todo sonho que há em mim
De enfim findar o meu lamento.


Obrigado a todos!!! Awgusto Rodrigues Capella

terça-feira, 13 de julho de 2010

CAMINHAR

Hoje resolvi colocar mais um de meus textos para vocês... Neste mundo onde existem muitas coisas para nos preocupar, para pagar, para fazer, para ser às vezes nos perdemos no meio ao furacão de coisas e nos vemos perdidos sem uma direção, parece que todos os caminhos estão girando a nossa volta mas nenhum nos diz onde eles darão... E nessas horas, quase sempre nos desesperamos...
Este texto tenta aliviar, tenta consolar os corações perdidos.
Espero que gostem.

Um forte abraço!

CAMINHAR


Nos tempos difíceis da vida insana
Abra seu peito, respire bem fundo,
Mostre ao sol que você também brilha
Mostre a si que é maior que o mundo.

Mire seus olhos no longe horizonte
Aprume seus ombros, pense no mar,
Seja tão grande, forte e imponente
E se um dia cair, volte a caminhar.

Tropeços existem, eu sei também disso.
Mas além da derrota está o sucesso.
Na luta da vida, nos dias sangrentos,
O breu e a luz são partes de um mesmo processo.

Se sente, acaso, que seu o fim está perto
E que de si o futuro não quer se lembrar.
Se chora sua alma, se os pés já lhe sangram.
Renove sua fé e se ponha a caminhar
...e caminhar
...e caminhar
...



Obrigado a todos!!!Awgusto Rodrigues Capella

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Quem Sou Eu

Depois de muito tempo longe das telas dos blogs hoje resolvi postar uma nova poesia em homenagens aos meus novos seguidores... Obrigado!
Esta pequena poesia fala da velha busca do "eu", a busca de se conhecer... Mas neste poema o poeta não questiona o que ele é, ele afirma somente o que não tem, o que não é e se mostra muito menor do que a poesia, incapaz de conseguir expressar a beleza que ele busca registar...
Desejo que gostem!

Quem Sou Eu

Quem sou eu, uma alma cheia de chagas,
Para pensar em escrever coisas belas?
Se em meus pensamentos só vivem pragas
Como farei com as mãos canções singelas?

Quem sou eu para querer escrever poesia...
Quem sou eu, na insanidade de ser eu,
Querer registrar a beleza que queria
Se a beleza não me tem, se o belo não é meu?


Obrigado a todos!!!
Awgusto Rodrigues Capella

sexta-feira, 6 de março de 2009

Santo Antônio !

Olá a todos... Obrigado pela visita!

O texto de hoje brinca, e por isso já peço perdão he he he, com o costume de nossa cultura que diz da capacidade de Santo Antônio de arrumar casamentos. O texto mostra a conversa de um homem com o santo pedindo que este consiga um casamento para uma mulher específica.

Desejo que gostem desta poesia!

Santo Antônio!

Faça ela se casar Santo Antônio!!!
Ouça suas preces tão chorosas,
A coitada pede, implora, mas você não
Ajuda a secar suas faces lacrimosas...

Faça ela se casar Santo Antônio!!!
Dá um jeito, eu sei que você pode...
A moça é tão bonita, tão carente
De um beijo, vá lá Seu Santo! Acode!

A coitada ajoelha todo dia,
Destampa seus joelhos da saia
E te implora um homem, um marido
E o tal do marido, nem ensaia!

Desconfio que seja verdade
O que todos dizem do seu poder
De arranjar marido. Uma moça
Tão singela, é difícil não querer!

Uma boca igual, eu nunca vi!
Pele branca... cheiro de rosa...
Mãos macias não se têm igual.
Uma mulher maravilhosa!...

Ah! Seu santo de meia-tigela!
Não percebe que eu sou louco
Pela moça que encanta até Deus?
Chorei! E só chorar por ela é pouco!

Chega lá, seu santo de uma figa,
Diga a ela que estou perdido!
Remoendo de paixão, sozinho...
De amor mais que enlouquecido!

Está mais fácil que você pensa,
Já lhe dou a dica certa e franca!
Diga a ela para olhar para mim
E estender-me a mão pura e branca,

Que no mesmo instante eu digo sim...
Na mesma hora, no mesmo momento,
Claro, se você ajudar, seu santo infausto,
Eu a agarro e já a peço em casamento!
02/08



Obrigado a todos!!
Um grande abraço!!!



Awgusto Rodrigues Capella*

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009

O Segredo

Boa tarde a todos... Passou o carnaval e é dia então de novo poema, não necessariamente um poema novo. Esta poesia ganhou um concurso em 2006.

O texto de hoje fala sobre o perigo das coisas que desejamos.
Às vezes podem nos trair, os nossos sonhos. Nossos quereres podem nos guardar uma armadilha.
O poeta usa a imagem de um segredo que quer ser livre, quer sair por aí como todas as outras palavras, frases ou assuntos do mundo e busca a sua liberdade procurando uma boca que não saiba guardar segredos e consegue se libertar, mas, vê que a liberdade não é exatamente como ele imaginou e se vê já bem diferente do que era antes...
Então, cuidado com o que deseja!!!

Desejo que gostem! (Imagino que não corro risco algum, desejando isso, não é... rsrs)

O segredo

O segredo não sabe o que é a liberdade.
Vivendo preso ao pensamento,
Busca sempre fugir por uma boca.
Se ela for sensata, se cala e silencia
E o desejo de ser livre se transforma em agonia,
Pois a chance de sair, agora, é pouca!

Mais "sorte" o segredo tem,
Se chega às portas de boca insana,
Que não cala e fala o que não deve,
Que não faz silêncio breve,
Que maltrata, machuca e engana.

Com toda liberdade voa segredo,
Feliz por rodar de boca em boca.
Da morena, da loira, do anão,
Do moço, do velho, na boca do ladrão,
Em todo o canto e em qualquer toca.

O segredo roda, roda e fica tonto.
Vai crescendo a cada boca, a cada dente;
Era magro e está obeso,

Tinha charme e elegância,
Mas agora, passa ileso,

Cada vez mais decadente,
Cada vez mais sem importância...

O seu desejo o transformara em algo
Que não tem mais volta.
Descontente com a nova situação,
Lamenta-se enormemente.
A liberdade virou medo
E esse medo o sufoca!
Sonha agora, em deixar de ser fofoca
E voltar a ser um elegante segredo!

04/06

Obrigado a todos!!!

Awgusto Rodrigues Capella*

quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

Sonolentidão...

Sem comentários introdutórios para este poema! Obrigado a todos pela visita!

Sonolentidão

O sono me invade sem que eu queira,
Invade-me de tal forma que me controla
E escrever fica difícil, o raciocínio pára...
Tudo se dificulta, exceto fechar os olhos...

O sono me invade às cinco da manhã
O sono me invade às oito da noite
O sono me invade às três da tarde
O sono me invade ao meio dia.

E uma coisa vira duas...
O nítido se embaraça...
O que era leve, pesa
E o claro, se apaga.

Somente o sono
Vem chegando
E as palavras
Vão sumindo...

E enfim,
Sem fala,
Encosto...
E nada!


10/03



Obrigado a todos!!!

Awgusto Rodrigues Capella

quinta-feira, 12 de fevereiro de 2009

Poema Piano

Sejam bem vindos todos!

Trago um poema simples, pequeno mas que gosto muito! É um tema trabalhado várias vezes por vários poetas. Mostrar no poema o não-poema, deixar claro para o leitor este antagonismo de ler um poema, mas sendo que o próprio poeta o alerta que o que ele lê não é um poema!

Desejo que gostem!

Poema piano

Hoje sentei junto ao piano...
E mesmo sem saber tocar
Quis escrever esta canção
Para dizer, que assim como não sei tocar este piano, eu não sei também como lhe amar...


E muito menos escrever poesia!


Obrigado a todos!!!

Awgusto Rodrigues Capella*